"Um caso de azar", comentou a Arkham em um post no Twitter, referindo-se ao investidor com má sorte.
Um investidor de criptomoedas experimentou um prejuízo significativo devido a um erro de transação na plataforma de finanças descentralizadas Uniswap. O incidente ocorreu no sábado, 4 de novembro, resultando na perda de mais de US$ 700.000 (cerca de R$ 3,4 milhões) em apenas 12 segundos devido a uma confusão envolvendo tokens.
Segundo informações do Etherscan, o investidor adicionou US$ 1,56 milhão em Bitcoin a um pool de liquidez na Uniswap V3, presumivelmente esperando receber o equivalente em dólares americanos. No entanto, o usuário acabou recebendo 1,56 milhão de tokens Curve DAO (CRV), cujo valor de mercado naquele momento era de apenas cerca de US$ 850.000.
Análises da empresa especializada em blockchain, Arkham, revelaram que bots de Maximal Extractable Value (MEV) rapidamente exploraram a situação, envolvendo-se em uma corrida para aproveitar a oportunidade de arbitragem criada pelo erro.
Embora os bots tenham reagido rapidamente, o lucro líquido foi modesto, com o bot mais bem-sucedido conseguindo extrair aproximadamente US$ 260 de lucro real. Para isso, ele teve que desembolsar um empréstimo de US$ 527.000 para os validadores da rede, a fim de priorizar sua transação na frente de outros bots.
"A situação é mais um caso de azar do que outra coisa", comentou a Arkham em um post no Twitter, referindo-se ao investidor que enfrentou essa série de eventos desafortunados.
Enganos no Mundo das Criptomoedas Erros de transação, frequentemente referidos como "dedo gordo" – um termo oriundo do vocabulário do mercado financeiro, descrevendo uma entrada equivocada devido a um clique incorreto – têm vindo a tornar-se cada vez mais comuns no ecossistema das criptomoedas.
Este incidente acontece apenas alguns dias após um outro utilizador trocar mais de US$ 130.000 em uma stablecoin denominada USDR por literalmente nada, recebendo em troca uma quantia nula de USDC.
Estes eventos lançam um alerta em relação à necessidade de medidas de segurança mais estritas e uma verificação mais minuciosa por parte dos utilizadores ao efetuarem transações nas plataformas de finanças descentralizadas (DeFi), que, apesar de ainda serem relativamente novas, estão em constante evolução.
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